Os Carros Mais Velhos Do Brasil

Os carros mais velhos do Brasil
Saiba quais são os veículos que estão mais tempo à venda no mercado brasileiro
Thiago Vinholes | 23/9/2013 12:30
Pode um veículo ser vendido por mais de 60 anos, sem grandes alterações no estilo ou na parte mecânica? No Brasil, a resposta é sim, e esse veículo que citamos é a VW Kombi, que na verdade já atua no mercado nacional há 63 anos!
Já foi pior, mas nosso país continua sendo um dos mercados que mais incentivam a sobrevivência de automóveis cujos projetos já passaram de 10 anos, fazendo deles veículos antiquados nas partes de segurança e eficiência. Há também carros que vão além, superando a faixa dos 20 e 30 anos.
O “trintão” do mercado é o Gol G4, um projeto que já acumula 33 anos. A idade avançada é consequência do veículo ser uma continuação do primeiro Gol, do tempo em que ele ainda era quadrado. Exceto a carroceria arredondada e o motor mais moderno, a estrutura desse carro é o que o envelhece - o motor, por exemplo, fica na posição longitudinal, algo hoje abolido nos compactos. A marca ainda não comenta se vai descontinuá-lo, mas esse pode ser um provável caminho com a chegada do novo compacto up!, previsto para 2014.
Quem também está perto dos 30 anos é o Fiat Uno, lançado em 1984. Presente no top 10 de vendas do mercado brasileiro desde o final da década de 1980, o Mille, como hoje é chamado, é atualmente o segundo carro mais vendido da marca no Brasil, por isso ainda é figura comum nas ruas. O compacto veterano também é outro carro que ainda não tem data para sair de linha - a Fiat deixa no ar se o fará adotar ABS e airbags, condição para seguir em frente em 2014.
O Uno é um carro que está há tanto tempo no mercado que ele até mudou de nome para a marca continuar usando o título na nova geração do carro. Mas ele não é o único. Chevrolet Classic e Mitsubishi TR4, lançados em 1997 e 1999 respectivamente, eram chamados “Corsa Sedan” e “iO”, quando iniciaram suas trajetórias no País.
Também não se engane com caras novas. Peugeot 207 e Fiat Strada têm mais idade do que aparentam. O modelo da marca francesa é o 206, lançado em 1999, mas carregando uma pesada maquiagem. Já a picape da Fiat, que é o modelo mais vendido do segmento no País, foi lançada em 1998.
E não são apenas os carros nacionais que acumulam anos de vida. Importados também aparecem na lista. O mais antigo deles é o Jeep Wrangler, que é vendido na atual geração no mercado nacional desde 1997. Outro caso é o do Suzuki Jimny, um projeto lançado em 1998 – o jipinho passou a ser fabricado em Catalão (GO) neste ano.
Por que esses veículos atingem uma idade tão avançada? Os motivos são pontuais. O primeiro deles é a legislação permissiva do governo brasileiro, que não exige das montadoras produtos mais qualificados em segurança e eficiência, como os oferecidos na Europa e Estados Unidos. As fabricantes também não se esforçam muito e deixam de lançar veículos mais modernos para adiar a modernização de uma linha de montagem.
O consumidor também tem sua parcela de culpa. Acostumados a valorizar a imagem de “robustez” e “confiança” de um determinado carro, os clientes acabaram viciados nesses produtos e muitas vezes acabam fechando os olhos para novas oportunidades. A situação, no entanto, está mudando, basta lembrar que alguns dinossauros do mercado deram adeus recentemente como as minivans Meriva e Zafira, e a picape Courier. Sintoma que o brasileiro começa a perceber que há, sim, melhores e mais recentes opções à venda.
http://carros.ig.com.br/especiais/os+ca ... /6714.html
Saiba quais são os veículos que estão mais tempo à venda no mercado brasileiro
Thiago Vinholes | 23/9/2013 12:30
Pode um veículo ser vendido por mais de 60 anos, sem grandes alterações no estilo ou na parte mecânica? No Brasil, a resposta é sim, e esse veículo que citamos é a VW Kombi, que na verdade já atua no mercado nacional há 63 anos!
Já foi pior, mas nosso país continua sendo um dos mercados que mais incentivam a sobrevivência de automóveis cujos projetos já passaram de 10 anos, fazendo deles veículos antiquados nas partes de segurança e eficiência. Há também carros que vão além, superando a faixa dos 20 e 30 anos.
O “trintão” do mercado é o Gol G4, um projeto que já acumula 33 anos. A idade avançada é consequência do veículo ser uma continuação do primeiro Gol, do tempo em que ele ainda era quadrado. Exceto a carroceria arredondada e o motor mais moderno, a estrutura desse carro é o que o envelhece - o motor, por exemplo, fica na posição longitudinal, algo hoje abolido nos compactos. A marca ainda não comenta se vai descontinuá-lo, mas esse pode ser um provável caminho com a chegada do novo compacto up!, previsto para 2014.
Quem também está perto dos 30 anos é o Fiat Uno, lançado em 1984. Presente no top 10 de vendas do mercado brasileiro desde o final da década de 1980, o Mille, como hoje é chamado, é atualmente o segundo carro mais vendido da marca no Brasil, por isso ainda é figura comum nas ruas. O compacto veterano também é outro carro que ainda não tem data para sair de linha - a Fiat deixa no ar se o fará adotar ABS e airbags, condição para seguir em frente em 2014.
O Uno é um carro que está há tanto tempo no mercado que ele até mudou de nome para a marca continuar usando o título na nova geração do carro. Mas ele não é o único. Chevrolet Classic e Mitsubishi TR4, lançados em 1997 e 1999 respectivamente, eram chamados “Corsa Sedan” e “iO”, quando iniciaram suas trajetórias no País.
Também não se engane com caras novas. Peugeot 207 e Fiat Strada têm mais idade do que aparentam. O modelo da marca francesa é o 206, lançado em 1999, mas carregando uma pesada maquiagem. Já a picape da Fiat, que é o modelo mais vendido do segmento no País, foi lançada em 1998.
E não são apenas os carros nacionais que acumulam anos de vida. Importados também aparecem na lista. O mais antigo deles é o Jeep Wrangler, que é vendido na atual geração no mercado nacional desde 1997. Outro caso é o do Suzuki Jimny, um projeto lançado em 1998 – o jipinho passou a ser fabricado em Catalão (GO) neste ano.
Por que esses veículos atingem uma idade tão avançada? Os motivos são pontuais. O primeiro deles é a legislação permissiva do governo brasileiro, que não exige das montadoras produtos mais qualificados em segurança e eficiência, como os oferecidos na Europa e Estados Unidos. As fabricantes também não se esforçam muito e deixam de lançar veículos mais modernos para adiar a modernização de uma linha de montagem.
O consumidor também tem sua parcela de culpa. Acostumados a valorizar a imagem de “robustez” e “confiança” de um determinado carro, os clientes acabaram viciados nesses produtos e muitas vezes acabam fechando os olhos para novas oportunidades. A situação, no entanto, está mudando, basta lembrar que alguns dinossauros do mercado deram adeus recentemente como as minivans Meriva e Zafira, e a picape Courier. Sintoma que o brasileiro começa a perceber que há, sim, melhores e mais recentes opções à venda.
http://carros.ig.com.br/especiais/os+ca ... /6714.html